Amor, Ingênuo Amor

No mundo onde a inocência impera, onde um coração pode ser ingênuo, mas sábio. Não vê engano, mas busca a verdade, na idade avançada ou na juventude. Vê o mundo através dos olhos imaculados da pureza. Isso não significa ser tolo, mas se arriscar a acreditar, sem medo, no bem que as pessoas têm dentro de si, na luz, quando o dia se torna sombrio. Cada pessoa tem, em sua essência, uma pureza. Tem decepções que a endureceram profundamente, dúvidas que rastejam por anos, um vazio que não se pode explicar, de frustrações que não se pode curar. No entanto, na sombra dos conflitos, através dos ecos de uma vida vazia, um desejo persiste, envolto no orvalho matinal pela admiração do próximo e do amor eterno. A ingenuidade não é o disfarce da tolice. É ver o mundo com os olhos do coração, conhecendo que cada rosto guarda um desejo secreto, de um coração onde o amor sempre residiu. É o amor que todos nós buscamos e desejamos. Em sua luz, todos desejamos brilhar. Embora tropecemos nas desilusões da vida, tentamos, sob um céu, nos sentir importantes, pois é o amor que faz a vida verdadeiramente valer a pena.

Celia de Morais

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